Segundo o último Consenso, atualizado em 2017, a Diabetes Gestacional (DG) é definida por um subtipo de intolerância aos hidratos de carbono diagnosticada, pela primeira vez, durante a gravidez. Na maior parte dos casos, este quadro é revertido após a gravidez podendo, no entanto, apresentar consequências na saúde da mãe e do bebé.
Critérios de diagnóstico
Este deverá ser realizado pelo médico e pressupõe um valor de glicemia plasmática em jejum (8 a 12 horas) igual ou superior a 92 mg/dl, mas inferior a 126 mg/dl, nas primeiras análises.
Caso este valor seja inferior a 92 mg/dl, a grávida deverá fazer uma reavaliação entre os 24-28 semanas de gestação com a Prova de Tolerância à Glicose, para rastreio de Diabetes Gestacional.
Quais os fatores de risco para a Diabetes Gestacional?
- Excesso de peso ou obesidade
- Síndrome do Ovário Poliquístico ou outra doença que resulte numa resistência à insulina prévia
- Diabetes Gestacional em gravidez prévia
- Gravidezes anteriores, em que o peso do bebé foi superior a 4kg
- Antecedentes familiares diretos com diabetes
- Idade
Principais consequências da Diabetes Gestacional?
- Hipertensão arterial na gravidez
- Excesso de líquido amniótico
- Pré-eclampsia
- Parto prematuro
- Bebés muito grandes (macrossómicos)
- Hipoglicemias no recém-nascido, nas primeiras horas após o parto
- Diabetes mellitus tipo 2 no futuro, tanto para a mãe como para o bebé
- Diabetes Gestacionais em gravidezes posteriores
A terapêutica nutricional e o exercício físico (quando possível) são pilares fundamentais no controlo e tratamento da Diabetes Gestacional. Deverá ser realizado um plano alimentar individualizado, de acordo com antecedentes clínicos, estado nutricional e hábitos alimentares e culturais da grávida.
Um bom controlo dos níveis de açúcar no sangue ao longo da gravidez, permite diminuir os riscos associado a esta doença, promovendo uma gravidez o mais saudável possível!