A coluna lombar corresponde à parte inferior da coluna vertebral e fica compreendida entre as costelas e a linha acima dos glúteos.
Normalmente, a região lombar tem uma curvatura para dentro (lordose), e entre cada vértebra, existe um disco que funciona como “amortecedor” para diminuir o atrito entre elas, permitindo a flexibilidade à coluna vertebral. Constituída por vários músculos estabilizadores da postura, a coluna vertebral é composta por ligamentos, que ligam os ossos e fornecem estabilidade às vértebras.

Causas

A dor na coluna lombar pode ser caracterizada como aguda (ocasional/repentina) ou crónica (persistente e de longa duração) e as suas causas são:

  • Má postura
  • Sobrecarga dos ligamentos (podendo originar edema)
  • Hérnia de disco e a estenose do canal lombar
  • Inflamação das articulações da coluna vertebral (artrite), que por vezes provoca lombalgia devido à dor facetária. Esta condição é mais comum após os 60 anos de idade.
  • Artrite reumatoide
  • Espondilite anquilosante
  • Outros distúrbios incomuns, como tumores e infeções, ocasionalmente podem causar dor lombar

Sintomas

A dor lombar é um sintoma frequente na população em geral, que pode atingir cerca de 80% das pessoas, em algum momento da vida. Os sintomas mais comuns são:

  • Incómodo recorrente na parte baixa das costas
  • Parestesias (“Formigueiros”)
  • Limitação de movimentos
  • Sensação de instabilidade na coluna
  • Dificuldade para movimentar as pernas

Os tipos de dor lombar podem ser:

Lombalgia Inespecífica: quando a causa da dor lombar não é bem definida e, nestes casos está muitas vezes relacionada com a má postura. Este é o tipo mais comum de dor e a intensidade da dor é variável.

Lombociatalgia: a lombociatalgia, muitas vezes chamada de dor ciática, ocorre em cerca de 5% dos casos de dor lombar aguda. O paciente pode sentir dor ao longo do trajeto de nervo ciático, que começa na região lombar e irradia para os restantes membros.
Cerca de 80% dos casos de lombociatalgia são devidos a uma hérnia de disco.

Síndrome da Cauda Equina: a síndrome da cauda equina é um tipo grave de compressão de múltiplas raízes nervosas. Esta é uma doença rara em que os nervos na parte inferior da cauda equina são comprimidos.

Tratamento

O tratamento varia consoante a causa e tem como principal objetivo o alívio da dor.
O mesmo pode consistir:

  • No uso de medicamentos específicos
  • Mudanças no estilo de vida, nomeadamente para os que apresentam um quadro clínico de obesidade ou sedentarismo
  • Realização de bloqueio facetário, infiltração, endoscopia, descompressão, em caso de dor crónica e/ou existência de compromisso neurológico
  • Técnicas manuais e exercícios para trabalho postural
  • Fisioterapia e musculação para fortalecimento muscular

 

Novidade: Tratamentos Injetáveis de Medicina Regenerativa

Os tratamentos injetáveis, devem ser considerados sempre que seja provável um resultado eficaz. Em muitos casos podem adiar ou evitar cirurgias.

Ácido Hialurónico (Viscossuplementação): Injeções intra-articulares de ácido hialurónico, uma substância que lubrifica a articulação e melhora a viabilidade das células cartilagíneas.

PRP (Plasma Rico em Plaquetas): Resulta da centrifugação em alta rotação do sangue do doente (equipamento de última geração). Após este processo separam-se plaquetas e plasma rico em fatores de crescimento. Este concentrado é injetado na articulação/lesão estimulando a cicatrização/regeneração da lesão.

Super PRP (Viscossuplementação + PRP): Este tratamento é a combinação do plasma rico em plaquetas com o ácido hialurónico, resultando uma complementação e potencialização do seu efeito.

Células Estaminais: Sangue colhido na medula óssea pode ser uma excelente alternativa terapêutica.

O Lipo Stem é um tratamento inovador que tem como objetivo melhorar o tecido cartilagíneo previamente danificado por um processo degenerativo articular (ARTROSE) usando células estaminais provenientes do tecido adiposo (gordura) abdominal.

Prevenção

A prevenção deve ser tida em consideração sempre que estiver perante sinais e sintomas que propiciem uma crise de dor, como é o caso da má postura, do sedentarismo, do excesso de peso e do tabagismo que aumentam o risco de crises recorrentes.
Desta forma, torna-se crucial adotar hábitos que ajudem a prevenir a dor, como:

  • Boa postura
  • Prática de exercício físico: melhora o fortalecimento muscular
  • Alongamento: o alongamento é essencial para a flexibilidade e consequentemente reduzir o risco de lesões. Por este motivo, o mesmo deve ser realizado antes e depois do exercício físico

Quando marcar consulta com um especialista?

Determinados sintomas de dor na coluna lombar são sinais de alerta e exigem a avaliação médica. Por este motivo, deve marcar consulta na presença dos seguintes sintomas:

  • Dor que se desenvolve gradualmente e que piora ao longo de dias ou semanas
  • Dor lombar constante que não é aliviada na posição deitada ou em repouso
  • Dor que irradia para o peito
  • Fraqueza dos músculos na perna ou pé
  • Falta de sensibilidade (dormência) em qualquer parte da perna ou pé
  • Sintomas reumatológicos associados (rigidez e dor difusa ao acordar, inflamações, etc.)
  • Sintomas de cauda equina (incontinência urinária e fecal, dormência no períneo, fraquezas)
  • Presença de osteoporose
  • Febre ou algum sinal de infeção
  • Perda de peso progressiva
  • Dor noturna